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sábado, 8 de março de 2014

SE CLICAR EM CIMA DA SETA NO VÍDEO ABAIXO, ESCUTARÁS DO DECLAMAÇÃO POR ROLANDO BOLDRIN, DO ESCRITO ABAIXO.

Marlos Cavalcante compartilhou um link. 4 de março . Tenho vergonha de não ter vergonha... Será que alguém neste momento, ao calor das orgias carnavalescas, das festas regadas de barris de chope, dos sons estridentes dos trios elétricos, dos desfiles apoteóticos das escolas de samba e com o pensamento já voltado para a copa do mundo, está lembrado que estamos as vésperas de determinarmos a quem entregar o destino do nosso País?!... Para sua reflexão e para refrescar a sua memória, peço que ao sabor da ressaca da quarta feira de cinzas, assistam e vejam o que hoje se tornou ficção... Sinto vergonha de mim... "Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro! "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem- se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto" Rui Barbosa F O N T E: Facebook do amigão MARLOS CAVALCANTE de 04-04-2014

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