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domingo, 15 de julho de 2012


RESPOSTA DO PARAGUAI       À POSIÇÃO (BOLIVARIANA) BRASILEIRA

FOI             ESCRITO POR UM PARAGUAIO.

O             ARTIGO É REAL E EXCELENTE.

REPASSANDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Não  compreendemos a posição do Brasil. Ou não queremos compreender, tanto é o bem que lhe queremos. Nos arrasou como sicário da Rainha  Vitória e nós lhe perdoamos e juntos construímos o colosso de Itaipu. O tratamos bem e ele defende a continuidade de uma das  piores fases de nossa história, em nome do quê? Nega-nos o direito à autodeterminação, mas se esquece do papelão ridículo que fez em defesa de um cretino como Zelaya, um corrupto ligado a grupos   zomozistas de extermínio e que era tão esquerdista como Stroessner e  democrático como Pinochet.
Foi deplorável o papel do  chanceler Patriota (que não se perca pelo nome), saracoteando as             ruas de Assunção em desabalada carreira, indo aos partidos Liberal e  Colorado pressionar em favor de um presidente que caia. Adentrando o Parlamento ao lado do chanceler de Hugo Chávez, o Sr. Maduro, para  ameaçar em benefício de um presidente que o país rejeitava. Indo ao  vice-presidente Federico Franco ameaçar-lhe, com imensa desfaçatez,  desconhecendo seu papel constitucional e o fato de que ninguém   renunciaria a nada apenas por uma ameaça calhorda da Unasul (que não             é nada) e outra ameaça não menos calhorda do Mercosul (que não é  nada mais que uma ficção). O Barão do Rio Branco arrancou seus  bigodes cofiados no túmulo profanado pelo Itamaraty de hoje. O que quer o governo Dilma? Passar pelo mesmo vexame de Lula na paupérrima  Honduras? Se afirmativo, já fica sabendo que passará. Nós temos imensa disposição de continuar uma parceria que se relevou positiva  e decente para ambos os países. Mas não temos da austera presidente   o mesmo terror-medo-pânico que lhe devotam seus auxiliares e ministros. Cara feia não faz história, apenas corrói biografias.   Dilma chamou seu embaixador em Assunção e Cristina fez o mesmo. As  radicais matronas só não sabiam que: o embaixador brasileiro é um  ausente total, vivendo mais tempo em Pindorama do que por aqui. Recorda o ex-embaixador Orlando Carbonar, que foi pego de surpresa    em fevereiro de 1989 pelo movimento que derrubou o general  Stroessner. Até meus filhos, crianças na época, sabiam que o golpe se avizinhava e que estouraria a qualquer momento, menos o             embaixador brasileiro, que descansa no carnaval de Curitiba, sua  cidade natal. Voltou às pressas, num jatinho da FAB, para embarcar  Stroessner rumo ao Brasil. E a Argentina… Bem, a Argentina não tem  embaixador no Paraguay faz alguns meses… Ocupadíssima, Dona Cristina   não nomeou seu substituto. País de necrófilos, chamou um fantasma  até a Casa Rosada para consultas.
O Paraguay fez o que tinha que fazer. Seguirá adiante, como seguem adiante as Nações, testadas  e curtidas pelas crises que retemperam e reforçam os povos. O  religioso que não honrou seus votos de castidade e pobreza e traiu sua igreja, foi por ela rejeitado. O presidente que não honrou             nossos votos e nos traiu, foi por nós deposto. Deposto por incapaz, por mentiroso, por farsante, por ineficiente, cujos atributos muito lembra o seu protetor e aliado, o ex-presidente Lula. Mas,             principalmente, por que traiu as esperanças de um país e um povo que  precisaram dele e nele confiaram e ele os traiu a todos. E, por  isso, Lugo não voltará.
(*) Chiqui Avalos é conhecido escritor e jornalista paraguaio. Combateu a ditadura de Stroessner e     apoiou a candidatura de Fernando Lugo. É o editor de “Prensa  Confidencial”, influente boletim digital editado no Paraguai.            
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Fonte: E-mail do amigo CORDENONSI:  s.cordenonsi@uol.com.br






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