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segunda-feira, 9 de setembro de 2013
09/09/2013 16h36 - Atualizado em 09/09/2013 17h47
Vigiar a Petrobras é tão grave quanto me espionar, diz Dilma
'Tanto quando a minha', disse ao ser perguntada se denúncias são graves.
Fantástico mostrou que, além de Dilma, Petrobras também foi espionada.
Fábio Amato
Do G1, em Brasília
667 comentáriosA presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (9) que as denúncias de que a Petrobras também foi espionada pelos Estados Unidos são tão graves quanto as denúncias de espionagem contra ela.
Questionada pelo G1 se considerava graves as denúncias de espionagem contra a estatal brasileira, a presidente respondeu: “Tanto quanto a minha”.
A declaração da presidente foi feita após cerimônia no Palácio do Planalto, na qual sancionou sem vetos a lei que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação.
Mais tarde, em nota, Dilma afirmou que, se comprovada, a espionagem sobre a Petrobras, tem por motivos "interesses econômicos e estratégicos".
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Motivo de suposta espionagem são interesses econômicos, diz Dilma Petrobras foi alvo de espionagem de agência dos EUA, aponta documento Leia repercussão da denúncia de que os EUA espionaram a Petrobras Novos documentos classificados como secretos e que vazaram da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, obtidos com exclusividade pelo Fantástico, mostram que a Petrobras, quarta maior petroleira do mundo, também foi espionada.
Na última semana, o Fantástico já havia divulgado que a presidente Dilma Rousseff e o que seriam seus principais assessores foram alvos diretos de espionagem da NSA.
A reportagem foi baseada em documentos obtidos por intermédio de Edward Snowden, que prestava serviços à NSA e agora está asilado provisoriamente na Rússia, procurado pelas autoridades americanas.
Governo espera explicação, diz ministro
O ministro da Educação, Aloisio Mercadante, também comentou as denúncias de espionagem do governo norte-americanos.
“Ela [Dilma] já falou sobre isso. Tratou sobre esse assunto com o presidente Obama na reunião do G20. O governo brasileiro aguarda o pronunciamento oficial do governo americano. Como a presidente disse hoje, houve a violação de princípios fundamentais da Constituição brasileira, da soberania, dos direitos e garantias de cada cidadão, de empresa brasileira que também tem a proteção do sigilo. E o governo americano deverá se pronunciar e se explicar. O governo espera isso.
Especificamente sobre a denúncia de espionagem contra a Petrobras, o ministro classificou como "mais um capítulo" de uma história que vem sendo desvendada. "É um importante papel que a imprensa brasileira cumpriu, junto com outros jornalistas internacionais. A transparência é sempre o melhor caminho para a gente descobrir a verdade e poder recolocar os direitos e garantias do estado, da soberania do país, de uma empresa estratégica, de uma riqueza estratégica do Brasil em seus devidos lugares", afirmou.
Reportagem
A reportagem exibida no domingo (8), aponta que a rede privada de computadores da estatal brasileira foi invadida pela NSA, informação que contradiz a posição oficial da agência, dada ao jornal "The Washington Post", onde afirmou não fazer espionagem econômica de nenhum tipo, incluindo o cibernético.
Os dados sobre a empresa estão em documentos vazados por Edward Snowden, analista de inteligência contratado pela NSA, que divulgou esses e outros milhares de registros em junho passado. O jornalista Glenn Greenwald foi quem recebeu os papéis das mãos de Snowden. A Petrobras não quis comentar o caso. A NSA nega espionagem para roubar segredos de empresas estrangeiras.
O novo documento é uma apresentação que recebeu a classificação "ultrassecreta" e que foi elaborada em maio de 2012, para ensinar novos agentes a espionar redes privadas de computador – redes internas de empresas, governos e instituições financeiras e que existem, justamente, para proteger informações.
O nome da Petrobras, a maior empresa do Brasil, aparece logo no início do documento mostrado pelo Fantástico, com o título “Muitos alvos usam redes privadas”.
Não há informações sobre a extensão da espionagem, nem se a agência americana conseguiu acessar o conteúdo guardado nos computadores da empresa. O que se sabe, segundo a reportagem, é que a Petrobras foi alvo de espionagem, mas não há informações a respeito dos documentos que a NSA buscava.
Este tipo de informação é liberada apenas para quem os americanos chamam de “Five eyes” (cinco olhos, na tradução literal), termo utilizado para se referir aos cinco países aliados na espionagem: EUA, Inglaterra, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
F O N T E: G! ECONOMIA - GLOBO.COM
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