CENTENÁRIO DE LUIZ LUA GONZAGA REVERENCIADO POR ELBA RAMALHO

15/12/2012 13h26 - Atualizado em 15/12/2012 13h30

Elba Ramalho se emociona em Exu ao lembrar Gonzagão

Paraibana entoou músicas do velho Lua como "Sabiá" e "Vida de viajante".
Sanfoneiro Amazan também esquentou a noite no Módulo Esportivo.

Luna Markman Do G1 PE, em Exu

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Elba canta Gonzagão nas comemorações do centenário em Exu (Foto: Luna Markman/G1)

Nos anos de 1970, artistas jogaram luz em cima da obra de Gonzagão, que andava meio esquecido pelas mídias das principais capitais do país. Entre eles, Benito di Paula, que escreveu uma música em homenagem ao Rei do Baião, "Sanfona branca". A letra começa assim: "aquela sanfona branca, aquele chapéu de couro, é quem meu povo proclama, Luiz Gonzaga é de ouro". Elba Ramalho, que dava os primeiros passos da carreira naquela época, escolheu essa música para abrir o show em homenagem aos 100 anos do velho Lua, em Exu, no Sertão de Pernambuco, na sexta-feira (14).

Amazan também animou a noite da sexta
(Foto: Luna Markman/G1)

Quem esquentou o show para a paraibana foi um conterrâneo, o sanfoneiro Amazan. A cantora estava visivelmente feliz em cantar para uma multidão, no Módulo Esportivo. "Nem preciso dizer a emoção que é estar em Exu, no centenário de seu Luiz, do nosso pai, que catalogou a nossa história. Esse homem sertanejo, como eu, que sofreu tanto na vida, mas nos deixou como legado a coragem verdadeira que todo nordestino tem. Nos deu prazer de ser o que nós somos. Obrigada e parabéns, pode descansar em paz, na eternidade, que o baião venceu seu Luiz", disse.
No repertório, "Vida do viajante", "Sala de reboco", "Olha pro céu meu amor" e "Sabiá", todas de Luiz Gonzaga. Esta última, inclusive, teve uma linda versão no disco "O Grande Encontro", que reuniu também Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho. O show continuou com muito forró e animação. Teve "Anjo querubim", "Confidência", "Forró pesado", "Imbalança", "Saudade d'ocê", "Bate coração" e "Meninas". O público cantou em coro "Baião", música composta por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que mostrou ao Brasil, em 1946, como se dançava o novo ritmo baião. Em seguida, "Asa branca", quando Elba chorou. "Esse é o hino nordestino", disse, enxugando discretamente as lágrimas.

Elba convidou Daniel Gonzaga para subir ao palco
(Foto: Luna Markman/G1)

"Na base da chinela", "Que nem jiló", "Eu só quero um xodó", "Espumas ao vento, "Nem se despediu de mim", "Óia eu aqui de novo", "Feira de mangaio", "Aconchego", "Chão de giz", "Xote das meninas", "Festa no interior", "Pagode russo" e "Banho de cheiro" foram outros sucessos interpretados com muito vigor, que animaram a noite. "Esperando na janela" foi cantada junto com o sanfoneiro Targino Gondim, que compôs a música. A última canção foi "Frevo mulher", de Zé Ramalho, quando Elba convidou Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha e neto de Gonzagão, que assistia ao show, para cantar junto.

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FONTE: G1 PERNAMBUCO - GLOBO.COM - www.pe360graus.com  GLOBO NORDESTE