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domingo, 7 de abril de 2013

PAPAGAIOS E TARTARUGAS APREENDIDOS, ESTÃO PROTEGIDOS EM PROGRAMAS AMBIENTAIS DO IBAMA,

06/04/2013 15h41- Atualizado em 06/04/2013 15h41 Programas ambientais protegem papagaios e tartarugas no Nordeste Nordeste Viver e Preservar deste sábado (6) mostra as duas iniciativas. Conheça também os percussionistas que criam instrumentos de sucata. O tráfico de animais silvestres ainda trás muito prejuízo para a natureza. Os papagaios estão entre as principais vítimas deste comércio macabro: estão ameaçados de extinção em todo o Nordeste e de cada dez animais capturados pelos traficantes, apenas um sobrevive. Em Pernambuco, a maior apreensão de animais silvestres, em setembro de 2011, encontrou 517 papagaios de uma só vez. Apenas 304 sobreviveram e eles ainda precisam de cuidados permanentes. “Acho que ninguém no Brasil estaria preparado pra receber 500 animais”, diz o biólogo Yuri Valença. Foi preciso um mutirão para dar conta da missão. O Nordeste Viver e Preservar deste sábado (6) foi ver como vivem hoje essas aves. Assista acima ao primeiro bloco do programa. Os filhotes estavam em um caminhão com fundo falso, apertados dentro de gaiolas improvisadas. Maltratados, seguiriam de Belém do São Francisco, no Sertão do estado, para Caruaru e Recife, onde seriam vendidos. Na época, foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, no Recife. Os técnicos precisaram convocar ajuda. Ao todo, 133 pessoas se apresentaram e foi preciso fazer uma escala. Mas o Centro de Triagem estava superlotado e não tinha condições de abrigar tantos papagaios. A solução foi transferir as pequenas vítimas para um santuário, na Mata Atlântica. O local com viveiros enormes e confortáveis, foi cedido por um voluntário que prefere se manter no anonimato. “Isso aqui é uma área de soltura do Ibama onde a gente está sempre fiscalizando”, diz o biólogo Yuri Valença. Não existe uma idade certa para libertar os papagaios na natureza. Eles terão que estar preparados pra se virar sozinhos em busca de alimentos e também para se defender dos predadores. Serão quase dois anos de cuidados, investimentos e dedicação. Os traficantes estão soltos. “A legislação ambiental brasileira é muito frágil neste sentido. Primeiro que as penas são baixas: seis meses a um ano para um traficante que estava conduzindo centenas de animais ameaçados de extinção é muito baixo. E de seis meses a um ano ninguém vai pra cadeia mais. A legislação prevê pena alternativa”, explica Amaro Fernandes. No santuário, os papagaios esperam o momento certo de conhecer a liberdade. O local já foi escolhido e a comunidade está sendo preparada pra proteger os futuros moradores quando eles chegarem. “Eles voltam à natureza para cumprir o papel deles, que é a disseminação de plantas, não ser um animal de estimação”, explica Yuri Valença. Tartarugas O Rio Grande do Norte é um dos lugares preferidos pelas tartarugas de pente, que também estão ameaçadas de extinção. As praias desertas são atrativos para elas na época da desova. Quando vão colocar ovos nos ninhos, precisam de muitos cuidados para evitar a ação dos predadores. Especialistas do Projeto Tamar são responsáveis pela preservação das espécies em toda a costa brasileira e nas ilhas oceânicas. É um trabalho que envolve planejamento, pesquisa, educação ambiental e muita atenção. Assista acima ao segundo bloco do programa. Quando o Brasil foi descoberto, há 513 anos, as tartarugas já ocupavam as praias do litoral Nordestino. Elas existem há 150 milhões de anos e sobreviveram a todas as mudanças de vida animal no planeta. O animal chega aos cem anos de idade e está se reproduzindo cada vez mais. Das sete espécies existentes no mundo, cinco podem ser encontradas no litoral brasileiro. "O fato de elas ainda existirem é uma grata satisfação, as pessoas se emocionam e a gente fica muito feliz de contribuir para as futuras gerações", diz Cláudio Bellini, oceanógrafo do Projeto Tamar. Os biólogos, oceanógrafos, veterinários e agentes do Projeto Tamar, do Instituto Chico Mendes fazem o trabalho de preservação em 23 bases. O Tamar existe há 33 anos. Na praia do Madeiro, no Rio Grande do Norte, uma soltura de filhotes encanta os turistas. "É um trabalho de educação ambiental que a gente faz não só aqui no Rio Grande do Norte, mas no Brasil todo. A comunidade respeita muito mais hoje do que há alguns anos. O pessoal não mexe nos ninhos", explica o biólogo do Tamar Daniel Henrique Gil. Depois de crecidas, as fêmeas voltarão às praias desta região para desovar. De cada mil filhotes que entram no oceano, apenas um ou dois atingem a idade adulta. Elas são muito pequenas e frágeis, se tornam presas fáceis. Mas pelo menos na primeira etapa - na areia - vêm ganhando protetores. No Nordeste, a tartaruga de pente, uma das ameaçadas do mundo, está se reproduzindo bem. "O Tamar tem cerca de 18 mil desovas por ano", explica Bellini. Isso resulta em mais de dois milhões de novas tartarugas por ano. "Já a tartaruga de couro tem só cerca de trinta fêmeas reproduzindo no litoral brasileiro por ano", diz Bellini. Esta é a gigante, a maior de todas. Desova em praias do Espírito Santo, Bahia e Piauí, chega a dois metros de comprimento e pesa até 700 quilos. “A praia de Malembá é o santuário das tartarugas no Rio Grande do Norte. Se houver uma ocupação desordenada elas não voltarão para se reproduzir”, explica Bellini. A expansão imobiliária está atrapalhando as tartarugas, faz elas perderem o rumo. “O que leva ela do ninho para o mar é a luz. O mar é muito mais claro do que a terra. Com as luzes artificiais, em vez de irem para o mar, elas retornam para a terra. Para proteger os locais de reprodução nasceu uma nova profissão: tartarugueiro. Miguel Lúcio da Silva exerce essa atividade em Tibau do Sul, na Paraíba. Eles cercam os ninhos para evitar que sejam destruídos. “Eu amo esse trabalho, faço porque gosto. Se fosse possível passava toda a temporada aqui, a noite toda”, afirma. Percussão Em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, o grupo Toque na Lata faz música com instrumentos que saíram do lixo. A comunidade vivia das sobras que recolhia do antigo lixão. A sucata ganhou outro significado - tonéis, latas e capacetes ganharam outro significado. "Isso é o que faz a criançada viver outra história, viver outro sentido na vida", diz o arte-educador Wellington Santos. O grupo tem 25 crianças e adolescentes e faz parte da Fundação Terra. FONTE: REDE GLOBO - GLOBO NORDESTE www.pe360graus.com

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